Novo elogio das mulheres do Ocidente
The Sartorialist
Há qualquer coisa de terrivelmente verdadeiro,
ingénuo e verdadeiro, nas declarações de Amadinejah ,
o persa,
professor primário e um símbolo do regime,
como na Ibéria de há 60 anos. Ele disse: a forma
como as mulheres
se vestem no Ocidente anuncia uma grande desgraça.
Quem diria que o deus do persa intolerante
seria derrubado por umbigos, ombros, pernas
desnudadas.
E que nenhuma nudez seria castigada, porque
já não pesa, sobre o corpo das mulheres
do Ocidente,
a ameaça de nenhum deus. A nudez das ocidentais
é a fronteira que defenderemos com mais
vigor.
É, paradoxalmente, a marca da cultura
sobre a ditadura biológica, da libertação das mulheres
sobre a torpe
vigilância machista. Nenhuma mulher tem dono,
esplêndidas mulheres de estro escondido e ovulação
controlada.
Nenhuma mulher tem medo. Nenhuma fraqueja.
A fêmea sapiens do Ocidente pedala,
magnífica,
glória, orgulho e libertação da espécie.
Etiquetas: poesia efémera
5 Comentários:
Muito muito bom, uma óptima homenagem. Apetecia-me vê-lo escrito pelos muros, nas paredes do metro, por ai.
~CC~
Que sigan siendo derrumbados todos los dioses que obligan, que censuran, que anulan, que oprimen.
obrigada, Luís. que bom é ler os teus poemas.
"a nudez das ocidentais é a fronteira que defenderemos com mais vigor". gostei, gostei muito.
Sim, porque cá "há cidades cor de pérola onde as mulheres existem velozmente".
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