Sole Cis mo, monólogos performativos
Un écrivain qui écrit : “Je suis seul” ou comme Rimbaud : “Je suis réellement d’outre-tombe” peut se juger assez comique. Il est comique de prendre conscience de sa solitude en s’adressant à un lecteur et par des moyens qui empêchent l’homme d’être seul. Le mot seul est aussi général que le mot pain. Dès qu’on le prononce, on se rend présent tout ce qu’il exclut.
A writer who writes, ''I am alone''... can be considered rather comical. It is comical for a man to recognize his solitude by addressing a reader and by using methods that prevent the individual from being alone. The word alone is just as general as the word bread. To pronounce it is to summon to oneself the presence of everything the word excludes.” Maurice Blanchot.
“A writer who writes, ''I am alone''. Que lindo começo. Que promessa. Que elegância concisa. Que escolha perfeita de palavras. Que musicalidade. A aliteração, seguida da frase I'm alone. Levantamos vôo. E a ironia de estar a fazer comentários, sozinho, um atrás do outro, sobre a beleza de uma frase destas. Não há desolação maior do que esta. · Nem maior prazer. Sinto-me a inaugurar um género literário. Um género que associa comentarios do autor sobre a impossibilidade de estar sozinho, no preciso momento em que se profere a solidão, é belíssima, a frase, o modo como é enunciado o paradoxo da solidão impossível tal e qual e os comentários onde ninguém interfere, o comentador sózinho, desenvolvendo uma ideia de solidão, momento a momento repetida, pública. Qualquer pessoa pode entrar e muita gente pode estar a ler. Mas ninguém o faz, como se o silêncio escondesse um pudor que suspendesse a opinião. Como se houvesse reserva. E assim, a solidão do que escreve se pudesse afirmar, afinal possível Talvez exista algum pudor em interferir no processo criativo Ou o silêncio reflicta apenas curiosidade Pudor e curiosidade. As regras da intervenção no espaço público , a torrente de comments, um após o outro, indicia discursividade como numa palestrar, em que o autor articula ideias, uma frase a seguir à outra Ora, não se interrompe quem está a discursar. Quem discursa está num lugar de poder. A audiência invisível é unilateralmente remetida para esse espaço de ouvinte /leitor(a), O único que lhe é de facto permitido O nome deste género literário deve apontar para a solidão e a sua impossibilidade na literatura Mas não me interessa agora o leitor (cómico) . L’écrivain comique, celui qui énonce à ses lecteurs « je suis seul », « je suis pain », est privé de sa solitude comme de son pain. (Ayelet Lilti) O nome deste género literário deve tb conter alusão à forma através da qual se realiza: os comments do FB e ao facto de nele de afirmar o escritor cómico, (assez comique, rather comical) que se torna cómico ao proferir a palavra “só” onde entre a palavra cis- do mesmo lado - referente ao isomerismo cis/trans, do mesmo lado só possível por haver o outro lado, do mesmo lado através do plano onde se constrói e reflete o outro lado. que tal Solo Cis mo ? que remete para Solipsismo, Ou por extenso, SoloCismo, monólogos performativos
A writer who writes, ''I am alone''... can be considered rather comical. It is comical for a man to recognize his solitude by addressing a reader and by using methods that prevent the individual from being alone. The word alone is just as general as the word bread. To pronounce it is to summon to oneself the presence of everything the word excludes.” Maurice Blanchot.
“A writer who writes, ''I am alone''. Que lindo começo. Que promessa. Que elegância concisa. Que escolha perfeita de palavras. Que musicalidade. A aliteração, seguida da frase I'm alone. Levantamos vôo. E a ironia de estar a fazer comentários, sozinho, um atrás do outro, sobre a beleza de uma frase destas. Não há desolação maior do que esta. · Nem maior prazer. Sinto-me a inaugurar um género literário. Um género que associa comentarios do autor sobre a impossibilidade de estar sozinho, no preciso momento em que se profere a solidão, é belíssima, a frase, o modo como é enunciado o paradoxo da solidão impossível tal e qual e os comentários onde ninguém interfere, o comentador sózinho, desenvolvendo uma ideia de solidão, momento a momento repetida, pública. Qualquer pessoa pode entrar e muita gente pode estar a ler. Mas ninguém o faz, como se o silêncio escondesse um pudor que suspendesse a opinião. Como se houvesse reserva. E assim, a solidão do que escreve se pudesse afirmar, afinal possível Talvez exista algum pudor em interferir no processo criativo Ou o silêncio reflicta apenas curiosidade Pudor e curiosidade. As regras da intervenção no espaço público , a torrente de comments, um após o outro, indicia discursividade como numa palestrar, em que o autor articula ideias, uma frase a seguir à outra Ora, não se interrompe quem está a discursar. Quem discursa está num lugar de poder. A audiência invisível é unilateralmente remetida para esse espaço de ouvinte /leitor(a), O único que lhe é de facto permitido O nome deste género literário deve apontar para a solidão e a sua impossibilidade na literatura Mas não me interessa agora o leitor (cómico) . L’écrivain comique, celui qui énonce à ses lecteurs « je suis seul », « je suis pain », est privé de sa solitude comme de son pain. (Ayelet Lilti) O nome deste género literário deve tb conter alusão à forma através da qual se realiza: os comments do FB e ao facto de nele de afirmar o escritor cómico, (assez comique, rather comical) que se torna cómico ao proferir a palavra “só” onde entre a palavra cis- do mesmo lado - referente ao isomerismo cis/trans, do mesmo lado só possível por haver o outro lado, do mesmo lado através do plano onde se constrói e reflete o outro lado. que tal Solo Cis mo ? que remete para Solipsismo, Ou por extenso, SoloCismo, monólogos performativos
Etiquetas: As sandálias de Boston
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