Dá-me absinto
Sempre que falas de alcoól tenho sede. Tu a discorreres sobre os limites da tolerância e eu mentalmente a misturar absinto com mescal. Debaixo do Vulcão, conhecem? É um livro tão alcoólico que nunca consegui progredir mais de duas páginas por noite com medo de ser apanhado. É um livro do Malcolm Lowry, estranho, apaixonado, tropical e alcoólico. O Carlos de Oliveira escreveu (lúcido) sobre Debaixo do Vulcão: "Como mal/ como Malcolm/ come (etc)". As Flores do Mal, o livro de que mais se vai falar neste blog, é um livro de paraísos artificiais. Nessa altura a melhor poesia do ocidente escorria com o absinto. E cem anos depois o O'Neil : absinto-me cansado na outonalma. E cinquenta anos depois do Alexandre outro grande poeta português: "è boa qualquer substancia que nos traga algum esquecimento."
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