Que faremos quando tudo arde?
No Outono caminhamos nas cicatrizes das serras. As botas ganham a cor da terra carbonizada e sofremos na carne o que resta dos troncos centenários dos castanheiros, daquele bosque de carvalhos ou do carrasco começando a repovoar os calcáreos. Foram os comunistas, os idiotas pagos pelos madeireiros, o povo insano nos piqueniques, os fanáticos do verão quente, as empresas contratadas à peça para apagar os fogos, o bombeiro alucinado, a reincarnação de nero. Incendiário, se tombares um outro sai da sombra e toma o teu lugar. " Só não arde o que já ardeu". Eucaliptos da terceira geração, tremei!
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