V. o carcereiro bom, trouxe-me uma página de jornal que, a encabeçar uma crónica, traz a fotografia da jornalista dos olhos tristes. É a preto e branco, com malha grossa. Ela sorri oblíquamente e os olhos estão semicerrados. O sorriso é ambíguo como algumas mulheres sabem fazer. Na crónica ela diz que vai para férias e que toda a gente vai ou foi para férias e fala com ironia dos destinos dessa gente feliz. Não interessa o que ela diz. Eles têm que escrever todos os dias. Colei o recorte na parede em frente da cama.
Quando acordo de manhã cedo entra uma luz pobre filtrada pela janela do alto da cela de isolamento e eu fico triste quando não a vejo.
Quando acordo de manhã cedo entra uma luz pobre filtrada pela janela do alto da cela de isolamento e eu fico triste quando não a vejo.
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