24 agosto 2003

Claudia Clemente

O DNA entrevista Cláudia Clemente, a propósito da sua estreia literária. A introdução da entrevista é fascinante do ponto de vista da psicologia evolutiva. Cláudia parece ser um exemplar perfeito do seu género. A mente masculina do entrevistador, cujos antepassados nos últimos 4,2 milhões de anos se dedicaram a re-desenhar o corpo da mulher com a arma bruta da selecção sexual, fica perplexa, manifestamente incapaz de se dedicar à tarefa profissional para que se escalara. Em lugar de desistir, ou de pedir a uma colega da redacção para o render, ele insiste. Refugia-se então nas mãos da Cláudia, obcessivamente nas mãos de Cláudia. Para esquecer os olhos, os lábios, a boca, as mamas e as ancas de Cláudia. Atónito o fotógrafo recebe ordens para grandes planos de mãos mãos mãos enquanto ele diz coisas deste género: são as mãos que os agentes publicitários usam para os anúncios dos detergentes, as mãos que conseguem transformar a tampa da garrafa de água num amontoado de destroços,... Com a mating mind desligada foi todo o cérebro que se lhe apagou. Para a próxima mandem a Anabela Mota Ribeiro que a Claudia Clemente merece.

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