Um mês de mentira
Agosto é um mês de mentira. Mesmo os mortos de calor são mortos de fingir. Morreram porque eram velhos e pobres. O mapa do país ardido é o mapa de um país de pobres e de velhos. Os jovens, os que mandam e os que escrevem foram, como se diz, para centros de vigiliatura. Nos restaurantes serve-se comida congelada. Os jornais são entretidos com pronto-a-vestir cultural, sem data. De manhã as ruas estão desertas de crianças. Os sobreviventes da blogosfera hibernam ou anunciam partidas .
No fim do Verão outros hão-de vir e varrer sem piedade os espectros que somos.
No fim do Verão outros hão-de vir e varrer sem piedade os espectros que somos.
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