30 setembro 2003

Caminhos

Passeios
entreter-te entre ter-te e não ter

Passeio, com a devida vénia, à montanha
Quando o Rui regava com gotas quentes: “Que as montanhas nos possuam, nos embebedem, nos embalem... até ao mais longínquo lado vermelho e fugaz da luz cósmica...”

Passeio cifrado
anoitrshalargaragemetudoentesrivamosotufugiral
xxxxxxxxx-----xxxxxx----xxxxxxx-----xxx-----xx
.........larga......tudo.......vamos...fugir..

Passeio pontual
A hora tinha de ser exacta, nesse dia e local, com os exactos adereços de reconhecimento e confirmação. Nove e trinta da manhã, 27-Setembro-1971, um miradouro sobre o Tejo, na mão direita a revista combinada, a senha e contra-senha memorizadas, mil vezes repetidas, 20 minutos de recurso. Vim com 3 minutos de avanço, terei sido o primeiro a chegar?, na mão esquerda um cigarro não previsto, um olhar de relance, uma leitura fingida, breve, avisto-o, abraçamo-nos, cumprimos depois disciplinados as frases improváveis entre gargalhadas.. está mais magro com a clandestinidade.

André Bonirre

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