A Morte de Danton

Produção da Casa das Artes de V.Nova de Famalicão.
TAGV, Coimbra, 17 de Outubro
Vera Mantero é Danton e Jo Stone Robespierre. A sentença de morte de Danton será ditada por um Robespierre implacável e executada pelo organizador da conferência que desde o início se suspeita estar armadilhada para condenar Danton. No seu estertor, Danton, o republicano, levanta o Rei de Copas para o público. Saint Just, que vê o espectáculo pela televisão, telefona para o programa e dita uma visão terrorista da revolução, comparando-a aos cataclismos naturais. O texto de Heiner Müller intercalado no de Büchner é excelente. O trabalho de actores bom mas a encenação parece pouco imaginativa e as soluções funcionam mas são previsíveis. Danton é enforcado com a Bandiera Rossa e Robespierre sai em passo de ganso. Ficam frases terríveis no ar:
" A inocência nunca treme diante da vigilância pública (Robespierre)"
"O vício tem de ser castigado. A virtude tem de governar através do terror." (Robespierre).
"Terrível é a doença que faz perder a memória. Deve parecer-se à morte ".(Danton)
À saída, em completo extase Manterino, estava o Paulo do Mundo Imaginado. Danton não morreu em vão, a crer pelo entusiamo com que Paulo acredita que mil e um bloggers mais a gente criativa das artes e ciências estão a mudar o mundo. Mesmo que seja só o mundo imaginado e o legado de Danton, esta noite, resida mais no feliz orgasmo com que Vera se transfigurava.
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