A poesia vai acabar
Em S. Mamede do Coronado, à Trofa
ao volante do velho Ford
no autocarro da Carris
na vindima do Deanteiro
nas reuniões intercalares
no tão difícil equilíbrio
nas manhãs das que perguntam à vida:
podemos ser felizes?
no irrespirável ar
tateando um mundo imaginado
antes que o teatro se diga
do lado de lá do mar
e em muitos sítios que não sei
pegaram nos farrapos
e estão de novo a cerzir
o pano da bandeira-poesia
ao volante do velho Ford
no autocarro da Carris
na vindima do Deanteiro
nas reuniões intercalares
no tão difícil equilíbrio
nas manhãs das que perguntam à vida:
podemos ser felizes?
no irrespirável ar
tateando um mundo imaginado
antes que o teatro se diga
do lado de lá do mar
e em muitos sítios que não sei
pegaram nos farrapos
e estão de novo a cerzir
o pano da bandeira-poesia
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