12 outubro 2003

RE: CJ

Este sou eu no espelho tenho uma cicatriz de bisturí na cara e traços sumidos de uma luta a sério sou o cão da matilha sem chefe adormeço enroscado à falta de abraço seco-me ao vento quando venho do fundo viajo com aguarelas sem a montanha canso-me na planície depressa não apanhei o comboio em Quito nem ziguezaguiei até aos Galápagos guardo inteira uma resma de papel acetinado mate para uma BD com fotografias por acabar digo cada vez mais vezes sim releio mais do que escrevo vivo num sótão que tem uma cave ou talvez seja tudo isto ao contrário, olho no espelho o futuro arranco as portas da casa e, finalmente, danço uma milonga, ai, com o meu amor.

André Bonirre

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