Agora dormem
Agora os meninos adormeceram e nós pensamos: se sorriem, nos seus sonhos, é porque são felizes. Esquecemos que só há desejo certo numa infância de escassez e tardes longas. Este é o tempo em que falta sempre qualquer coisa, alguém. Podes voltar ao Continente, a correr, na tua pausa de almoço comprar a prenda que faltara à imprecisa lista dos meninos. Não há dique para a insatisfação, nem teto para os sonhos instantâneos. O lixo circula agora livremente pelas ruas dos bairros afluentes. Só o teu amor dura. Um dia ela vai perceber.
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