16 dezembro 2003

O TGV, um projecto de Castela

Esta noite em Coimbra reunião da Pro Urbe sobre o TGV com os profs. Manuel Tau e José Gama, o jornalista económico, Nicolau Santos e o empresário Henrique Neto. O tema : o trajecto do TGV tal como foi apresentado na recente cimeira ibérica. As intervenções deixaram claro o que o Prof Tau e Nicolau Santos têm escrito, com pouco impacto, nos últimos tempos: trata-se de uma resolução segundo as conveniências de Madrid e do ordenamento territorial de Castela, que se cumprirá apenas no que diz respeito à ligação Lisboa - Madrid e Porto- Vigo. O aeroporto da Ota está quase irremediávelmente comprometido. O desenvolvimento processar-se-á a Norte tendo como pólo o Porto (mais provávelmente Vigo) e a Sul, no eixo que vai de Lisboa a Madrid por Badajoz. O Centro será um lugar de fronteira, talvez de desertificação.
O momento mais importante da noite, porém foi a intervenção, feita a partir da assistência, do engº Manuel Queiró. Queiró caracterizou a decisão como anti-nacional e disse que só um grande movimento de protesto a poderia parar. "Trata-se de uma decisão tomada há anos nos centros de poder sem rosto, a que o ministro João Cravinho e Valente de Oliveira resistiram e que agora teve força para se impôr."- disse. É urgente deter o esbanjamento que constitui o financiamento obtido para a terceira travessia do Tejo- um projecto inútil e megalómeno que contém em si a construção de uma nova estação ferroviária para substituir a estação de Oriente, tornada obsoleta(!!).
Foi Manuel Queiró quem disse. Ele sabe do que fala.

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