Eu não estou aqui prás encomendas
Nenhuma fidelidade. Nenhuma encomenda. Aqui escrevo apenas o que não pode deixar de ser escrito. Enganam-se os que me julgam reconhecer. Eu não sou esse. Não estou aqui para falar dessa coisa a que chamam os valores. Não sei o que sejam. Nem da memória. Não me convoquem para nenhum grémio, corporação, conselho, comité. Aceitasse, e havia de vos trair.
Eu estou aqui para falar de comboios. Onde tu fosses, e na volta do Porto para Trofa escrevesses poemas sobre o mar atlântico, esse mar. Para bater latas como pano de fundo às palavras douradas da Sofia. Para esperar- o teu marido que se lixe Madalena- um post raro do André. Eu não sou de confiança. Estou aqui para escrever sobre o púbis orgulhoso das mulheres, na primavera, antes de haver guerra. Das gargalhadas tão perto dos soluços. Da nobre função da literatura.
Eu estou aqui para falar de comboios. Onde tu fosses, e na volta do Porto para Trofa escrevesses poemas sobre o mar atlântico, esse mar. Para bater latas como pano de fundo às palavras douradas da Sofia. Para esperar- o teu marido que se lixe Madalena- um post raro do André. Eu não sou de confiança. Estou aqui para escrever sobre o púbis orgulhoso das mulheres, na primavera, antes de haver guerra. Das gargalhadas tão perto dos soluços. Da nobre função da literatura.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial