Virar as costas
"Adquiri o hábito de, doce mas firmemente, virar as costas aos avanços dos machos jovens, mostrando, como as outras fêmeas, que, embora os achasse atraentes, tinha coisas mais importantes para fazer. Depois de muitos meses de imersão na sua sociedade, deixei de pensar tanto no que fazer e, ao invés, rendi-me simplesmente ao instinto,não enquanto acção reflexa e desatenta, mas antes como acção enraizada num legado primata remoto de conhecimento incorporado." Quem escreve isto é Barbara Smuts, primatóloga, autora de um estudo entre os babuínos (Sex and Friendship in Baboons), num comentário incluído em As Vidas dos Animais de J.M.Coetzee onde narra algumas das suas experiências com outros animais. Os jovens machos são jovens machos babuínos. As fêmeas com quem, inicialmente, Barbara aprendeu os sinais de recusa, são as fêmeas babuínas.
Hoje, a acreditarmos no psicólogo que resumiu as conclusões do Encontro de Sexologia da Lusófona, seria preciso ensinar aos jovens ( a 25% pelo menos que são vítimas e agressores) que um sorriso ou uma saia curta não significam vontade de ser penetrada. Mas isto será coisa que se ensine? E como ensiná-lo a quem, com 18 anos, não aprendeu ?
Hoje, a acreditarmos no psicólogo que resumiu as conclusões do Encontro de Sexologia da Lusófona, seria preciso ensinar aos jovens ( a 25% pelo menos que são vítimas e agressores) que um sorriso ou uma saia curta não significam vontade de ser penetrada. Mas isto será coisa que se ensine? E como ensiná-lo a quem, com 18 anos, não aprendeu ?
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