Antologia de O Mal: Carlos Bessa
julho, rua do mar
Mãos dadas atravessávamos o farol em ruínas
E era noite. Em bicos de pés a pergunta
Que se guarda sempre, medos, intuições
Esse ligeiro e constante ruído de papel vegetal
Iluminou os grafittis e eu soube.
Depois, na varanda ou em cima da banca
Cada pedaço da pequena casa foi bastante
Com morangos, vinho verde, gelados de manga.
No dia seguinte o lento sussurro do mar
A ilha do Pico defronte, o telefone pousado
Acordámos e chamavam por nós as crianças
A casa virada ao mar, isso que está na nossa voz
E que de algum modo salva a vida e a perdoa
A rara nostalgia de irmos, de canada em canada
Até à rosa-dos-ventos desenhada no chão da fajã grande.
Carlos Bessa, Em Trânsito, & etc, 2003
Ao Nuno Miguel (Torradas, post de 09/01/04).
Mãos dadas atravessávamos o farol em ruínas
E era noite. Em bicos de pés a pergunta
Que se guarda sempre, medos, intuições
Esse ligeiro e constante ruído de papel vegetal
Iluminou os grafittis e eu soube.
Depois, na varanda ou em cima da banca
Cada pedaço da pequena casa foi bastante
Com morangos, vinho verde, gelados de manga.
No dia seguinte o lento sussurro do mar
A ilha do Pico defronte, o telefone pousado
Acordámos e chamavam por nós as crianças
A casa virada ao mar, isso que está na nossa voz
E que de algum modo salva a vida e a perdoa
A rara nostalgia de irmos, de canada em canada
Até à rosa-dos-ventos desenhada no chão da fajã grande.
Carlos Bessa, Em Trânsito, & etc, 2003
Ao Nuno Miguel (Torradas, post de 09/01/04).
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