01 fevereiro 2004

Katia Guerreiro

João Bonifácio entrevista-a (Y, 30 de janeiro)e dedica-lhe uma crónica entusiasmada. Ela foi à garagem onde o colega se esconde, e em tardes sem fim diz que escreve. Ele ouviu poemas que um dia dera a outro. Talvez ela tenha percebido que, pela sua voz, era de novo no homem uma estranha primavera. O disco não desilude. Quem assim canta, dizendo coisas que não somos capazes, talvez se liberte da ameaça institucional que, desnecessariamente, resolveu convocar. Nunca deixe de fazer urgências, é o que desejo a Katia.

Katia Guerreiro
Nas mãos do fado
Ocarina

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