Temor e tremores
O ano de 2001 foi um ano mau para mim. Literáriamente falando, é o que quero dizer. Sei porque escrevo as datas na página 3 dos livros, não por qualquer prodígio da memória, como o professor Marcelo, sempre capaz de citar com rigor o ano em que o Bloco Central governou horrívelmente, ou Kaulza rumou a Moçambique, ou escolheu o candidato presidencial da direita. Eu, que não consigo lembrar com exactidão nenhuma data, sei que em 2001 elegi como o melhor livro de poesia do ano, O Canto do Vento nos Ciprestes, de Maria do Rosário Pedreira, naturalmente publicado pela Gótica. Sei-o pela data que escrevi no interior. Nesse ano ainda, fascinei-me pelo stupeur et tremblements de Amélie Nothomb, ou pelas botas dela, vá-se lá saber.
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