18 fevereiro 2004

Tremendo

Nas tardes de terça escalam-me para as pós-vendas. Eram cinco e meia quando disse ao chefe que ia à sanita. Esgueirei-me pela porta das traseiras, para o parque de estacionamento. Tinha o rádio já sintonizado para a antena 2. Demorei-me meia hora. Sempre com o coração apertado entre a culpa de uma ausência cada vez mais injustificada e as palavras do António e da Andreia e da Alexandra. Voltei a correr, aguentei o fusilamento silencioso do chefe, a raiva dos utentes de senha ameaçadora em riste. Atendi-os sem lhes olhar os olhos. Tremendo.

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