A despedida de Aznar
No Público Teresa de Sousa refere que ele foi" longamente aplaudido" num artigo encimado por uma foto de campanha eleitoral dos dias felizes. A propósito da última reunião do Conselho Europeu em que o actual ex-primeiro ministro espanhol assistiu ao seu elogio fúnebre. El Pais relata que à intervenção do presidente em exercício da Comissão e às palmas dos seus congéneres Aznar respondeu com oito palavras: "Muchas gracias y espero que les vaya bien." E o jornalista espanhol escreve que os funcionários e diplomatas da União Europeia comentavam que a rudeza ("sequedad") de Aznar ultrapassava a proverbial gravidade castelhana.
Ainda no El Pais Juan Jose Millás ( A desordem do teu nome, A solidão é isto, A ordem alfabética, autor de quem se anuncia a tradução de Duas Mulheres em Praga) escreve na sua crónica das sextas feiras: "Não deveria haver nada neste mundo capaz de impedir um presidente de governo acudir aos hospitais para se solidarizar com os feridos de um atentado terrorista". E no mesmo jornal (27.03) Juan Luis Cebrián (amanhã em Lisboa para apresentar o seu livro sobre a transição democrática no país vizinho) assina um artigo demolidor intitulado A honra perdida de José María Aznar. O que eles não perdoam a Aznar é a entrevista de televisão desta semana em que ele "não foi defender a sua política, explicar as suas acções, debater os problemas de Espanha, dar confiança aos cidadãos, garantir-lhes a sua segurança,ou explicar-lhes em que falharam as autoridades se é que o fizeram, para não poder prevenir este massacre, vai dizer que ele é um homem de honra,e que não pode ficar arrumado num canto da História, com esta fama de mentiroso e de manipulador que alguns lhe estão arranjando".
Aznar não terá, como pensou, "o retiro do imperador Carlos em Yuste". A Aznaridad (ler Montalbán na edição que a Mondadori publicou) acabou. Que se vaya bien.
Ainda no El Pais Juan Jose Millás ( A desordem do teu nome, A solidão é isto, A ordem alfabética, autor de quem se anuncia a tradução de Duas Mulheres em Praga) escreve na sua crónica das sextas feiras: "Não deveria haver nada neste mundo capaz de impedir um presidente de governo acudir aos hospitais para se solidarizar com os feridos de um atentado terrorista". E no mesmo jornal (27.03) Juan Luis Cebrián (amanhã em Lisboa para apresentar o seu livro sobre a transição democrática no país vizinho) assina um artigo demolidor intitulado A honra perdida de José María Aznar. O que eles não perdoam a Aznar é a entrevista de televisão desta semana em que ele "não foi defender a sua política, explicar as suas acções, debater os problemas de Espanha, dar confiança aos cidadãos, garantir-lhes a sua segurança,ou explicar-lhes em que falharam as autoridades se é que o fizeram, para não poder prevenir este massacre, vai dizer que ele é um homem de honra,e que não pode ficar arrumado num canto da História, com esta fama de mentiroso e de manipulador que alguns lhe estão arranjando".
Aznar não terá, como pensou, "o retiro do imperador Carlos em Yuste". A Aznaridad (ler Montalbán na edição que a Mondadori publicou) acabou. Que se vaya bien.
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