Lost in Translation (2)
Não é apenas um filme muito lindo entre um homem perdido e uma mulher esquecida. É uma história de amor intergeracional. Sabe-se que histórias destas acabam em punições exemplares (cf. Disgrace de Coetzee). Aqui a história é verosímil porque 1. Tóquio é um ponto de passagem 2. Tóquio é o estrangeiro onde quase ninguém fala a nossa língua 3. o jet-lag opera uma diminuição da consciência e da vontade 4. a rapariga confronta-se com o erro da sua escolha natural-aquele fotógrafo ressonador meio-anormal 5. o homem percebe que a cor do sobrado do escritório, a bem dizer, não lhe interessa 6. o beijo em que se encontram é simultâneamente o beijo de despedida.
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