10 março 2004

LOST IN TRANSLATION (3)

A Sofia escreveu assim “podia não ser um filme, se a câmara não estivesse ali”, mas a Sofia é, sabemos, uma incorrigível lírica compulsiva (vd. Zé Mário). O Luís escreveu que é uma história verosímil e sabe do que fala (vd. os 6 argumentos). Eu, reservado e secretivo, dizem, enquanto vou à pasta dos mails antigos, passo por uns lábios primaveris esquecidos com sabor a morango, e, agora que o encontrei, faço copy-paste de um relato que não foi escrito por mim:

“.. as margens eram só ribanceiras levantadas sobre o manto do rio e o único ruído era o das pagaias entrando docemente e depois parando por acordo tácito para que o silêncio do tempo geológico pudesse ser ouvido.”,

“.. mas os dias apagavam os fantasmas da noite e lá íamos, maravilhados com o grande rio, os grifos, as águias de bonnelli, os abutres do egipto, o zimbro e as zambujeiras das ravinas, os braços e os ombros bronzeados de algumas remadoras.”

André Bonirre

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