14 março 2004

Nada

Uma Hárpia houve que viu o Mal e a pior face do Mal, a nota de Culpa que Ele apresenta às vítimas para ilibar os algozes. Outros viram no silêncio comprometedor que o governo de Aznar guardou sobre a marcha das investigações uma manipulação intolerável, e vieram para a calle Genova, gritar contra o PP. Havia algo de patético na sua coragem e eu percebi que era o seu modo de chorar os mortos e a impotência para modificar o curso do mundo. A Ana queria as palavras de alguém que lhe restituísse a vontade de viver. Mas esses, os poetas das tascas de Madrid e Barcelona, estavam mortos.
Sobre tudo isto escrevo nada.
Wittgenstein: Um nada servirá tão bem como uma coisa acerca da qual nada se pode dizer.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial