O meu nome é Luís
André Bonirre é um amigo meu. É o meu melhor amigo, mas não sou eu. No Verão, estando eu preso na Penitenciária de Coimbra por tráfico de droga e assim impedido de participar na euforia dos blogs, pedi-lhe que acompanhasse a minha irmã aos Açores à procura de uma mulher que não queria ser encontrada. Ele acedeu sem pensar duas vezes. André Bonirre é generoso e disponível. Bastou-lhe ouvir que a literatura estava ameaçada de morte. Que as pessoas que a poderiam salvar tinham, por motivos vários, rumado às ilhas e começado um processo de desvanecimento. Quem ele encontrou no Faial, na Madalena ou no nos canais que atravessam o Pico, é algo que espero vos possa vir a contar. Mas o que ele fez- e a minha irmã presenciou- foi ele que o fez, embora me agrade pensar que o fez por mim.
O André tem formação em ciências mais exactas do que as que aspiro a dominar. As mulheres acham que o André é de confiança. O André cozinha e faz compras para a casa, deita-se cedo e acorda o mais tarde que pode, não sabe o nome da lingerie feminina, tem a cara rapada. É ele quem vê a salamandra na sua toca e conhece as aves pelo vôo. Embora o modo como descreve os seus dias úteis pudesse ter sido escrito por mim eu não seria capaz de o imitar. Mesmo que quisesse eu não saberia imitar o meu amigo André Bonirre.
O André tem formação em ciências mais exactas do que as que aspiro a dominar. As mulheres acham que o André é de confiança. O André cozinha e faz compras para a casa, deita-se cedo e acorda o mais tarde que pode, não sabe o nome da lingerie feminina, tem a cara rapada. É ele quem vê a salamandra na sua toca e conhece as aves pelo vôo. Embora o modo como descreve os seus dias úteis pudesse ter sido escrito por mim eu não seria capaz de o imitar. Mesmo que quisesse eu não saberia imitar o meu amigo André Bonirre.
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