24 abril 2004

2. Jardins, diz.

O jardim dos caminhos que se bifurcam, o jardim celeste, o jardim do Tovim, soalheiro no cimo e soturno à medida que desces para o rio. Se te perdes podes ver o hospício das aves de rapina, miserável como todos os hospícios, com águias de asa derreada a quem fingem tratar e depois abatem ao crepúsculo. O Penedo da Meditação, loteado pelos empreiteiros, com lápides como nas retretes os graffittis inocentes. O jardim dos frades crúzios (onde o FAP se cruzou com uma mulher que nem se lembra). Os jardins suspensos das traseiras da casa da vóvó Tina, na Avenida (desculpa lá Humberto, mas quando cheguei já eram só urtigas). Os jardins de Versailles, e a Jutta a querer que eu lhe chamasse Pompadour. Os jardins das casas abastadas de Terras de Bastos quando o Zé Manel era pequeno. O jardim onde escrevo isto com o meu burrinho Jammes (lê-se Jáme) inquieto por sair e o cão labrador a lamber-me o teeeeeclaado.

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