Hannah Arendt: Eichmann em Jerusalém
Quarenta anos depois da sua publicação no New Yorker surge a tradução portuguesa das reportagens que Hanna Arendt fez sobre o julgamento de Eichmann (Eichmann em Jerusalém, Uma reportagem sobre a banalidade do mal, ed Tenacitas, tradução e prefácio de António Araújo e Miguel Nogueira de Brito).
O prefácio alude à biografia de Eichmann, à sua prisão na Argentina e à circunstância em que Hanna Arendt escreveu os textos que viriam a ser reunidos neste livro bem como à intensa polémica nos meios judaicos a que deu origem.
Eichmann foi o principal executor da Solução Final para o problema judeu, o eufemismo que escondeu o Holocausto. A mando de Göring e Heydrich organizou a conferência de Wannsee na qual se organizou o extermínio do povo judeu. Assistiu a execuções experimentais em massa. Distribuiu o gás letal pelos campos. Gabou-se de ter na consciência cinco milhões de mortos. No fim da guerra, disfarçado de soldado, rendeu-se aos americanos. Fugiu duas vezes de campos de detenção sempre sob falsas identidades e apoios. Apoiado pela organização Odessa acabou na Argentina com o passaporte de um tal Ricardo Klement. Uma antiga vítima, um cego por sequelas de tortura, que no início da guerra fugira para a Argentina, localizou-o acidentalmente. A Mossad acabou por prendê-lo numa paragem de autocarro e, secretamente, levá-lo para Israel onde foi julgado.
Quando a sua captura foi conhecida a polícia argentina prendeu o cego, torturou, violou e marcou com uma suástica em ferro a filha do dono da casa onde suspeitava que Eichmann estivera detido. Matou outra jovem que tinha dado apoio à Mossad. O governo argentino exigiu desculpas a Israel. O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade a operação israelita. O cardeal argentino Antonio Caggiano declarou, para sua vergonha eterna: "Ele veio para a nossa pátria em busca de perdão e esquecimento. Não interessa se se chama Klement ou Eichmann, pois a nossa obrigação enquanto cristãos é perdoar-lhe pelo que fez.".
O prefácio alude à biografia de Eichmann, à sua prisão na Argentina e à circunstância em que Hanna Arendt escreveu os textos que viriam a ser reunidos neste livro bem como à intensa polémica nos meios judaicos a que deu origem.
Eichmann foi o principal executor da Solução Final para o problema judeu, o eufemismo que escondeu o Holocausto. A mando de Göring e Heydrich organizou a conferência de Wannsee na qual se organizou o extermínio do povo judeu. Assistiu a execuções experimentais em massa. Distribuiu o gás letal pelos campos. Gabou-se de ter na consciência cinco milhões de mortos. No fim da guerra, disfarçado de soldado, rendeu-se aos americanos. Fugiu duas vezes de campos de detenção sempre sob falsas identidades e apoios. Apoiado pela organização Odessa acabou na Argentina com o passaporte de um tal Ricardo Klement. Uma antiga vítima, um cego por sequelas de tortura, que no início da guerra fugira para a Argentina, localizou-o acidentalmente. A Mossad acabou por prendê-lo numa paragem de autocarro e, secretamente, levá-lo para Israel onde foi julgado.
Quando a sua captura foi conhecida a polícia argentina prendeu o cego, torturou, violou e marcou com uma suástica em ferro a filha do dono da casa onde suspeitava que Eichmann estivera detido. Matou outra jovem que tinha dado apoio à Mossad. O governo argentino exigiu desculpas a Israel. O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade a operação israelita. O cardeal argentino Antonio Caggiano declarou, para sua vergonha eterna: "Ele veio para a nossa pátria em busca de perdão e esquecimento. Não interessa se se chama Klement ou Eichmann, pois a nossa obrigação enquanto cristãos é perdoar-lhe pelo que fez.".
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