Sophia em Abril
Cresci com as tuas palavras.
O vento, a pedra, o mar.
Escolhi os teus olhos cegos pela luz para ver as coisas essenciais.
Passei a infância à espera da manhã limpa e primordial que celebraste.
Voltei a ti em cada desnível da vida atribulada que me coube: não cumpri as ordens que levava. E nunca na tua voz achei consolo.
Revejo o teu retrato: a cabeça erguida com uma tão simples claridade sobre a testa, o pescoço de uma deusa grega, os olhos e os lábios fixados no instante que está para lá do prazer ou da dor, quando se olha de frente o deus invisível.
Um dia, em outro anfiteatro da Grécia, alguns anos antes das Belles Etrangères, um homem obscuro, tonto à luz do meio-dia, balbuciou as palavras que não previra, que lhe pareciam as únicas palavras justas.
E eram as tuas palavras, ou o silêncio.
Porque na minha vida foram eternos a glória, a luz e o brilho do teu ser.
Tu escreveste o poema imanente que estava (também) no teu jardim de infância.
O vento, a pedra, o mar.
Escolhi os teus olhos cegos pela luz para ver as coisas essenciais.
Passei a infância à espera da manhã limpa e primordial que celebraste.
Voltei a ti em cada desnível da vida atribulada que me coube: não cumpri as ordens que levava. E nunca na tua voz achei consolo.
Revejo o teu retrato: a cabeça erguida com uma tão simples claridade sobre a testa, o pescoço de uma deusa grega, os olhos e os lábios fixados no instante que está para lá do prazer ou da dor, quando se olha de frente o deus invisível.
Um dia, em outro anfiteatro da Grécia, alguns anos antes das Belles Etrangères, um homem obscuro, tonto à luz do meio-dia, balbuciou as palavras que não previra, que lhe pareciam as únicas palavras justas.
E eram as tuas palavras, ou o silêncio.
Porque na minha vida foram eternos a glória, a luz e o brilho do teu ser.
Tu escreveste o poema imanente que estava (também) no teu jardim de infância.
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