Austin A 90 Atlantic
Recebeu uma mota no dia de anos. 18 anos. Foi direito à casa dela, confiava na surpresa do efeito de Doppler. Mas os seus olhos nem o viram e bem pouco a Harley-Davidson, novinha em folha. O outro, o rival, rondava já a casa, chegou primeiro e mais convincente, um descapotável [*] fabuloso, com três faróis dianteiros e um roncar imbatível. Nem um nem outro, nenhum, no fim quem a levou (e à mãe, viúva, foi o que correu na altura) foi o venezuelano, sorriso de dente de ouro e promessas de viagens. Consta que se ficou por Lisboa. Não souberam mais dela.
Anos passados, rivalidades passadas, o carro encostado na garagem, ele propôs-lhe a compra. As recordações da casa da curva das rolas, não foi o que invocou. Tirou uma fotografia que trazia guardada na carteira. Um mar de gente, de pé no carro aberto Humberto Delgado, Porto, Maio de 1952.
[* Ficha técnica: Austin A90 Atlantic cabrio, azul metálico, FL-16-12, em restauro algures em Gondalães, concelho de Paredes]
André Bonirre
Anos passados, rivalidades passadas, o carro encostado na garagem, ele propôs-lhe a compra. As recordações da casa da curva das rolas, não foi o que invocou. Tirou uma fotografia que trazia guardada na carteira. Um mar de gente, de pé no carro aberto Humberto Delgado, Porto, Maio de 1952.
[* Ficha técnica: Austin A90 Atlantic cabrio, azul metálico, FL-16-12, em restauro algures em Gondalães, concelho de Paredes]
André Bonirre
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