Desculpa, Rebecca
A Rebecca e às outras mulheres a bordo do barco da Women on Waves devo um pedido de desculpas. Na Polónia tiveram à espera um grupo de gente recrutada nos patíbulos da História: aquela mistura explosiva de Contra Reforma, expectadores do guetto de Varsóvia e beneficiários da acumulação capitalista na versão mafiosa post-socialismo real. Em Portugal o equivalente luso de que tanto nos orgulhamos/ exultamos/ etc está no poder: o pessoal da Santa Inquisição, os que entregaram os republicanos espanhóis às praças de touros de badajoz e os afiliados da Mocidade Portuguesa (como dizia ontem no Babelia o António Lobo Antunes). É normal que proibam a vossa entrada. Pelo que tenho visto e ouvido (ah, mas eu quase não vejo nem ouço) o noticiário tem sido sereno, e gostei de ler o José Miguel Júdice a dizer que se tratava do legítimo direito de manifestação por uma alteração legislativa. Quando há quem queira incendiar este debate e fazer regressar a Idade Média e as suas tropas de choque este tom parece-me o mais correcto.
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