Razões para não querer Butiglione
O Prof. Mário Pinto escreveu ontem sobre Butiglione. O artifício que utilizou já foi desmontado.O Prof.MP., tal como B., declara-se perseguido pelas suas convicções, que são as do Vaticano. Os que opõem à nomeação de B. para Comissário Europeu são intolerantes. Ele próprio não se sente em condições para exercer funções públicas, ironiza. De caminho ataca os padres que não pensam como ele e ameaça com uma manifestação.
Eu tenho alguma dificuldade em ler o Prof. Mário Pinto, confesso. Gosto muito mais do cardeal Ratzinger. Mas defenderia sem hesitar o direito do Prof. MP ter cargos públicos. Se ele fosse a votos tendo como programa a doutrina da Igreja, considerasse a homosexualidade um pecado, não criminalizável, e uma mãe solteira, uma mãe menos má, eu não votaria nele. Mas se por má informação, convicção ou desespero, os meus compatriotas votassem nele e o elegessem, se o seu Partido o colocasse no cargo de Comissário para a Família do Governo de Salvação Nacional, eu aceitava-o( embora mantivesse a vigilância possível para saber se as suas convicções estariam assim tão impecavelmente separadas da sua actividade legislativa). Sucede que a força política que elegeu B. é minoritária na Itália e na Europa. Que as políticas de família dos estados europeus não têm nada a ver com a doutrina da Igreja. Na Europa, as mulheres têm um lugar na família e no casamento igual à dos seus parceiros masculinos. Na Europa o figurino da família é actualizado à luz das novas realidades. Na Europa a homossexualidade é uma orientação sexual que não pode ser discriminada. Seria natural que os Comissários Europeus reflectissem essas conquistas civilizacionais. É concerteza legítimo que um revisionista austríaco se sente no Parlamento Europeu se uns eleitores austríacos, prontos a jurar que a Shoah foi uma invenção sionista, nele depositaram confiança. Mas seria insensato depositar nele a pasta das Minorias Étnicas.
Mas há uma razão, igualmente fundada no bom senso e nas lições da história, ainda mais poderosa para rejeitar B. Quem garante que Barroso, quando for convidado para Secretário Geral das Nações Unidas não o deixa como sucessor?
(escrito às 13:30h)
Eu tenho alguma dificuldade em ler o Prof. Mário Pinto, confesso. Gosto muito mais do cardeal Ratzinger. Mas defenderia sem hesitar o direito do Prof. MP ter cargos públicos. Se ele fosse a votos tendo como programa a doutrina da Igreja, considerasse a homosexualidade um pecado, não criminalizável, e uma mãe solteira, uma mãe menos má, eu não votaria nele. Mas se por má informação, convicção ou desespero, os meus compatriotas votassem nele e o elegessem, se o seu Partido o colocasse no cargo de Comissário para a Família do Governo de Salvação Nacional, eu aceitava-o( embora mantivesse a vigilância possível para saber se as suas convicções estariam assim tão impecavelmente separadas da sua actividade legislativa). Sucede que a força política que elegeu B. é minoritária na Itália e na Europa. Que as políticas de família dos estados europeus não têm nada a ver com a doutrina da Igreja. Na Europa, as mulheres têm um lugar na família e no casamento igual à dos seus parceiros masculinos. Na Europa o figurino da família é actualizado à luz das novas realidades. Na Europa a homossexualidade é uma orientação sexual que não pode ser discriminada. Seria natural que os Comissários Europeus reflectissem essas conquistas civilizacionais. É concerteza legítimo que um revisionista austríaco se sente no Parlamento Europeu se uns eleitores austríacos, prontos a jurar que a Shoah foi uma invenção sionista, nele depositaram confiança. Mas seria insensato depositar nele a pasta das Minorias Étnicas.
Mas há uma razão, igualmente fundada no bom senso e nas lições da história, ainda mais poderosa para rejeitar B. Quem garante que Barroso, quando for convidado para Secretário Geral das Nações Unidas não o deixa como sucessor?
(escrito às 13:30h)
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