09 janeiro 2005

Correr ao domingo

(quinto dia, até terça)

Acordado à janela, vejo-me a dormir pela janela da varanda da vizinha. Abro os olhos, olham-me fixos os olhos da flosa. Folhas verde tenro despontam aceleradas pelos ramos do plátano, que se transformam numa sebe colossal e agora são um bando síncrono. Levanta voo e desaparece, disciplinado cardume, em espiral de flosas lilases sobre fundo azul eléctrico.
Lá fora, baloiçam os ramos nus do plátano, talvez a flosa e este sonho já sem vizinha, que, a correr, vou contar à minha psi.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial