Raquel no Westin
Acho que foi depois de um fim ano assim que aquilo lhe deu. Começou a exigir que o amor fosse feito em quartos de hotel. Cinco estrelas no mínimo. O rapaz dela era trabalhador. Já tinham dois filhos, e quase na escola. Punham-nos em casa dos avós a pretexto de coisa nenhuma. Então ela era fantástica. Mas dependia cada vez mais do luxo das casas de banho, dos estores mecânicos, do modo como a televisão era dissimulada, dos chinelos de pano turco. Ele teve de fazer horas extraordinárias, reparações no domicílio aos sábados e mesmo nos feriados. Quando chegava aos 127 euros pensava: já dá para o quarto. Depois era só mais qualquer coisita para o mini bar.
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