Quem é que manda aqui?
Na noite da contagem de votos o Moniz e a senhora interrogavam os políticos. A cada pergunta parecia que nos queriam dizer( a nós ou aos estagiários da TVI): - Estão a ver como é que eles devem ser tratados! E iam subindo a agressividade, e os maus modos, à medida que o sangue lhes faltava nos territórios corticais e os votos dos políticos baixavam. Quando se cansavam, havia um subalterno, junto à mesa do interrogatório, que repetia as perguntas do casal. E em falso segundo plano, os comentadores encartados, na Mesa, tinham a última palavra. Depois de Portas ter recebido, de Deus, a indicação demissionária, Moniz atirou-se a Nobre Guedes. O ministro do Ambiente estava cansado e triste. Disse qualquer coisa irónico sobre a nova maioria, uma frase descontrolada e menos correcta. E o senhor Sousa Tavares, da Mesa: - Dr Nobres Guedes tenha vergonha. Siga o exemplo de dignidade do Dr. Paulo Portas e não brinque com o Povo! E o dr. Nobre Guedes, humilde: - Oh Miguel, desculpe. O Miguel sabe que eu não queria dizer o que quis dizer, etc, etc.
Lembrei-me de um poeta alemão que quando chegava a uma cidade perguntava:- Quem é que manda aqui? E respondiam-lhe: -O Povo. - Eu sei, dizia o poeta. É o Povo, claro. Mas quem é que que manda?
Manda o Moniz e manda a senhora. Manda o Miguel a seguir.
Lembrei-me de um poeta alemão que quando chegava a uma cidade perguntava:- Quem é que manda aqui? E respondiam-lhe: -O Povo. - Eu sei, dizia o poeta. É o Povo, claro. Mas quem é que que manda?
Manda o Moniz e manda a senhora. Manda o Miguel a seguir.
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