Um despacho
A juiza presidente do colectivo que julga o processo da Casa Pia, Ana Peres, reafirmou a intenção de autorizar novas perícias pelo Instituto de Medicina Legal (IML) à personalidade de oito das vítimas do processo, solicitada pela generalidade dos arguidos e contestada pela comissão de médicos e psicólogos que acompanham os jovens segundo a qual novas perícias psicológica às vítimas - actualmente com idades entre os 21 e os 17 anos -, "podem, seguramente introduzir a ideia de que o tribunal não tem, para estes rapazes, uma posição de neutralidade" e "expressar uma noção de desconfiança 'a priori', facto que alguns já expressaram aos seus médicos e psicólogos".
Para a comissão, as perícias "poderão representar uma forma clara de abuso emocional de rapazes já vítimas de múltiplas situações traumáticas" e constituem "um alto risco para o seu bem estar e equilíbrio psíquico". Por isso, sugere que os jovens "possam ser ouvidos em audiência e só mediante dúvidas daí decorrentes possam ser eventualmente requeridas novas perícias".
Ana Peres solicitara que a avaliação do IML abrangesse "a análise da personalidade das testemunhas, carácter e consciência moral, existência de perturbações psiquiátricas e outras que afectem a memória, a avaliação da realidade ou juizo crítico, a capacidade de ser sugestionável ou manipulável, comportamentos anti-sociais, depressivos, paranóicos, bizarros, histriónicos, patologia tendente a mentira e fabulação".
Dos jornais
Concordo com a juíza. Para garantir uma total imparcialidade acho mesmo que a avaliação dos peritos devia estender-se aos membros do colectivo. Declaro desde já ao IML a minha indisponibilidade para integrar a comissão de peritos. Não tenho dúvidas sobre o meu carácter e consciência moral. Mas tenho alguma dificuldade, depois de ler despachos destes, em contrariar algumas tendências depressivas, quiçá anti-sociais.
Para a comissão, as perícias "poderão representar uma forma clara de abuso emocional de rapazes já vítimas de múltiplas situações traumáticas" e constituem "um alto risco para o seu bem estar e equilíbrio psíquico". Por isso, sugere que os jovens "possam ser ouvidos em audiência e só mediante dúvidas daí decorrentes possam ser eventualmente requeridas novas perícias".
Ana Peres solicitara que a avaliação do IML abrangesse "a análise da personalidade das testemunhas, carácter e consciência moral, existência de perturbações psiquiátricas e outras que afectem a memória, a avaliação da realidade ou juizo crítico, a capacidade de ser sugestionável ou manipulável, comportamentos anti-sociais, depressivos, paranóicos, bizarros, histriónicos, patologia tendente a mentira e fabulação".
Dos jornais
Concordo com a juíza. Para garantir uma total imparcialidade acho mesmo que a avaliação dos peritos devia estender-se aos membros do colectivo. Declaro desde já ao IML a minha indisponibilidade para integrar a comissão de peritos. Não tenho dúvidas sobre o meu carácter e consciência moral. Mas tenho alguma dificuldade, depois de ler despachos destes, em contrariar algumas tendências depressivas, quiçá anti-sociais.
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