04 março 2005

A poesia, estúpido



Foi possível a poesia depois do Holocausto. Um poema de Amalia Bautista pode dar-nos o alento para um dia mais. Lemos os sinais que nos dizem que perecemos. E o nosso destino colectivo parece confundir-se com o pessoal. Continuamos a falar. A rir. A fingir que acreditamos. A mijar de noite, como o homem de Larkin, atravessado pela idéia de que algures a vida continua, para outros, fulgurante. Lemos os sinais e quando julgamos compreender somos distraídos por um poema, um poema de Amalia Bautista.

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