Elogio da ICAR, desapontamento com o Patrono
O negócio da ICAR é a morte. E o vosso medo da morte. E o vosso medo. Não tenho nada contra. Acho até que a ICAR do século 21 administra bem o seu poder, sem proselitismo excessivo e com algum bom senso. É talvez a gerontocracia mais equilibrada da história moderna. Enquanto as massas se acotovelam nas ruas do Vaticano não assaltam os palácios de Inverno, nem saqueiam os supermercados. E trata-se de uma comoção sincera, pacífica, que não é virada contra ninguém, que nos reconforta com a nossa condição, que se processa em zonas muito limpas do SNC e nos faz sentir melhores. Na escassez de milagres em que vivemos temos que nos contentar com estas coisas. A relação dos homens com os deuses foi sempre, aliás, muito desigual. À pompa e brilho com que a ICAR organiza estas cerimónias responde o Patrono com a habitual frieza.
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