Esquecer
O resto. O padre. As lezírias. O abate silencioso dos sobreiros. As autárquicas (pois teremos ainda que sofrer as autárquicas, oh cidadãos?). Os desmentidos do partido, do candidato e a honra perdida dos jornalistas. O zumbido dos moinhos eólicos na cumeada. O jovem estudante revolucionário que hoje cura a bebedeira e amanhã será candidato do partido na terra natal e depois assessor do secretário de estado. O derby dos candidatos ao título, o povo em redor e o entusiasmo postiço dos relatores, muito mais mortos do que tu, Perestrelo.
Concentrarmo-nos no que vale a pena: os miúdos a pintarem a cara com o barro molhado, os vidoeiros que sobreviveram na linha de água, o esforço do rapaz que passa na BTT, a gente pacífica que conversa no alpendre, o pescoço das mulheres (capítulo 6 do livro do velho Morris), a fotografia, a cozinha, o calor que os corpos conservam ao entardecer, João Garcia nos seis mil metros, esta aventura grandiosa e inútil.
Esquecer o resto. Tudo.
Concentrarmo-nos no que vale a pena: os miúdos a pintarem a cara com o barro molhado, os vidoeiros que sobreviveram na linha de água, o esforço do rapaz que passa na BTT, a gente pacífica que conversa no alpendre, o pescoço das mulheres (capítulo 6 do livro do velho Morris), a fotografia, a cozinha, o calor que os corpos conservam ao entardecer, João Garcia nos seis mil metros, esta aventura grandiosa e inútil.
Esquecer o resto. Tudo.
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