Dominique de Villepin
Quando as avós das miúdas de hoje cortaram os cabelos diziam que elas o usavam à parisiense. As mulheres que fizeram a revolução sexual em Portugal liam o Deuxiéme Sexe e eram existencialistas. E também Camus, Vailland, Claude Roy, Vercors,(e algumas, infelizmente poucas, os surrealistas).
Nos anos sessenta, os camponeses das Beiras venderam as terras para lá chegarem, a salto.
A revolução de 68, começo do fim do actual ciclo do sistema-mundo, foi em Berkeley, na América latina, no Viet Nam, no extremo oriente, na Àfrica colonial. Mas foi Maio de 68 que se ficou a chamar.
Antes dos Beatles e dos Stones os jovens europeus nascidos do baby boom, trautearam Brel, Gainsbourg e Léo Ferre, Regianni. E as meninas dans le vent choraram com Françoise Hardy.
Agora é moda dizer-se mal da França. Mas no tempo em que quase não havia blogs, antes e durante a invasão do Iraque, quando só dava Aznar e Barroso, Berlusconi e Blair, foi a França que nas arenas internacionais mostrou a outra face da Europa. E a face da França foi Dominique de Villepin. Ainda bem. Porque os neocons são, lá fora como cá, quase todos gordos e broeiros.
É bom ver Dominique de Villepin à frente do governo francês. Melhor do que Hollande ou Fabius.
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