estou sem palavras e imersa nelas e procuro as palavras como alguém se dedica a percorrer os dias em busca de um grande amor aconchegadas na forma das minhas pequenas mãos, torno-as pequenas gosto delas porque as posso moldar e são minhas nunca me atreveria a moldar um grande amor, nem a chamá-lo meu [embora seja mais fácil e dramático cair nisso]. Às vezes sou fácil, não dificulto, e sou dramática quase todos os dias mas as palavras percorrem-me o corpo como um prazer inquieto e triste. Mas também calmo e bom. Tenho que me reconhecer nelas ou elas têm que me reconhecer a mim. O que me afasta das minhas palavras e porque falo delas como se não fossem, apenas, eu porque não digo: eu hoje falei-me ou escrevi-me e li-me porque as palavras dos outros podem tornar-se nossas como os outros se tornam nossos sem termos que dizer que são nossos quando possuimos mesmo alguma coisa não a sentimos como nossa talvez esse seja o altruísmo possível
2 Comentários:
Belíssima escolha!
estou sem palavras e imersa nelas e
procuro as palavras como alguém se dedica a percorrer os dias em busca de um grande amor
aconchegadas na forma das minhas pequenas mãos, torno-as pequenas
gosto delas porque as posso moldar e são minhas
nunca me atreveria a moldar um grande amor, nem a chamá-lo meu [embora seja mais fácil e dramático cair nisso]. Às vezes sou fácil, não dificulto, e sou dramática quase todos os dias
mas as palavras percorrem-me o corpo como um prazer inquieto e triste. Mas também calmo e bom.
Tenho que me reconhecer nelas ou elas têm que me reconhecer a mim.
O que me afasta das minhas palavras e
porque falo delas como se não fossem, apenas, eu
porque não digo: eu hoje falei-me ou escrevi-me
e li-me
porque as palavras dos outros podem tornar-se nossas
como os outros se tornam nossos sem termos que dizer que são nossos
quando possuimos mesmo alguma coisa não a sentimos como nossa
talvez esse seja o altruísmo possível
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