(This is not) The end of the affair
O Aviz não prolongou a temporada e Pedro Mexia não escreverá mais Fora do Mundo. Hoje, na Antena Um, ao meio dia, ao longo de estrada onde tudo ardia, Francisco José Viegas entrevistava Pedro Mexia. Havia vento e um calor insano
and in short, I was afraid.
Mas aquela era uma conversa protectora. Antes de haver blogs, antes de Eliot e outras observações, já Pedro Mexia era um dos meus poetas favoritos. Os textos de Mexia na Coluna Infame eram fabulosos. Os invasores do Iraque não mereceram nunca uma escrita assim. Depois o Dicionário do Diabo e Fora do Mundo confirmaram um diarista invulgar. Mexia voltará porque não se esgota no colunismo nem na participação televisiva.
F.J.Viegas teve um papel importante no nosso bloguismo. Um entusiasmo contagiante para descobrir a gente de qualidade que há dois anos começou por aí a escrever, bom humor, um talento de polemista que a sua função de apresentador encobre. Tudo isto nos fará falta enquanto não abrir a nova época.
Por isso, embora ardessem em volta fogos não recenseados, a seguir viesse seguramente um Sócrates insensato que saltou do Quénia para a campanha eleitoral permanente, sentia um certo conforto, porque alguém tinha ainda tempo de antena para dizer, como em The Love Song of J. Alfred Prufrock:
and in short, I was afraid.
Mas aquela era uma conversa protectora. Antes de haver blogs, antes de Eliot e outras observações, já Pedro Mexia era um dos meus poetas favoritos. Os textos de Mexia na Coluna Infame eram fabulosos. Os invasores do Iraque não mereceram nunca uma escrita assim. Depois o Dicionário do Diabo e Fora do Mundo confirmaram um diarista invulgar. Mexia voltará porque não se esgota no colunismo nem na participação televisiva.
F.J.Viegas teve um papel importante no nosso bloguismo. Um entusiasmo contagiante para descobrir a gente de qualidade que há dois anos começou por aí a escrever, bom humor, um talento de polemista que a sua função de apresentador encobre. Tudo isto nos fará falta enquanto não abrir a nova época.
Por isso, embora ardessem em volta fogos não recenseados, a seguir viesse seguramente um Sócrates insensato que saltou do Quénia para a campanha eleitoral permanente, sentia um certo conforto, porque alguém tinha ainda tempo de antena para dizer, como em The Love Song of J. Alfred Prufrock:
“This is not what I mean at all.
This is not it, at all”.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial