24 outubro 2005

A terceira República é pirosa

A terceira República começou muito bem, embora poucos tivessem percebido (o quadro de Medina não consegue destruir a extraordinária beleza de Estela). Depois teve aquela fase horrível, mistura de anos cinquenta, com folhos de tule e exuberância capilar, e de anos sessenta envergonhados, os joelhos expostos em nylon brilhante. O regime democrático institucionalizava-se e as mulheres dos tenentes entravam nos palácios. Quando olhamos Berta quase acreditamos que o fascismo nunca existiu.


(As mulheres dos presidentes, exposição no Palácio de Pombal, Lisboa, reportagem de Ana Sá Lopes no Público de domingo, não disponível on line)

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