07 novembro 2005

Sarkozy, la rascaille c’est lui!


Os jovens magrebinos e negros da ex colónias da terceira geração que estão a incendiar França, la rascaille de Sarkozy ( a canalha) , não têm programa, nem organização, nem líderes, nem modelos conhecidos. Os cenários repetem os de 1968, com mais pirotecnia e os mesmos CRS, um episódio da grande revolução mundial que, se estão recordados, varreu o mundo desde os campus norte- americanos ao extremo oriente e que teve as suas sequelas tardias no fim das ditaduras ibéricas e na instauração da democracia. La chienlit, disse na altura o general de Gaulle.



O que se está a passar tinha sido previsto. Lembrem-se de La haine de Mathieu Kasowitz, dos sucessivos avisos das pessoas que trabalham junto dessas comunidades, sociólogos, assistentes sociais, políticos, religiosos. Se a França responder com o programa dos Sarkozy- mais polícia, mais justiça cega e mais promessas de integração- vamos todos perder. Os ingredientes da revolta francesa estão em quase todas as cidades da Europa. Quantos pivots negros temos nas nossas televisões? Quantos analistas? Quantos actores de novela? Quantos professores? Quantos presidentes de junta, vereadores,membros das assembleias municipais? deputados? Quantos cantores de sucesso? Quantos filhos de emigrantes há nas Comissões de Honra?

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