Super Sarkozy Pereira
Pacheco Pereira (um super Sarkozy) acha que a defesa dos nossos valores civilizacionais só pode ser mantida com a intransigência na defesa da lei e do direito. Mas os nossos valores civilizacionais (da civilização greco-latina trazida pelo cristianismo) não assentam apenas na lei e no direito. Assentam na restrição dos direitos aos ricos e poderosos, na legitimação do poder da plutocracia pela elite religiosa e cultural, no controle dos media, na violência dos tribunais, das polícias e do exército.
Pacheco ridiculariza a reflexão sociológica sobre a “revolta dos jovens” ( para Pacheco não são jovens, são gentalha a quem nem revolta e consentida ). E contrapõe-lhe a sua reflexão sociológica que, espante-se, não acrescenta nada à “reflexão de pacotilha”, se exceptuarmos o ódio incrível ao “estado que subsidia” e a referência a que os desempregados não querem trabalhar.(cartilha da Matos).
Pacheco Pereira pertence a uma geração e a uma família política que está no poder, em Portugal e na Europa, há trinta anos. Conhece todos os corredores do mando, de Lisboa a Strasbourg. Quando fala do Estado que subsidia sabe do que fala. Há-de ter alguma responsabilidade, ele e os seus amigos, camaradas e correligionários na incapacidade de contrariar, com o modelo económico agonizante que continua a defender, os devastadores efeitos sociais a que assistimos.
Que queira mais Sarkozy eis o que é preocupante. Diz que “estamos velhos e que temos medo”. Mas não acreditem. Nem ele está velho, nem tem medo, nem nós somos o nós de Pacheco. Ele não tem medo. Quer que tenhamos medo para substituir a análise sociológica pelo apelo irracional à lei e à ordem, a forma mais clássica de ocultar a injustiça económica. Quer que tenhamos medo para aprovar mais leis que excluam, para que ardam mais carros, para que haja mais gente no partido do medo, para os negócios continuarem a prosperar.
Pacheco ridiculariza a reflexão sociológica sobre a “revolta dos jovens” ( para Pacheco não são jovens, são gentalha a quem nem revolta e consentida ). E contrapõe-lhe a sua reflexão sociológica que, espante-se, não acrescenta nada à “reflexão de pacotilha”, se exceptuarmos o ódio incrível ao “estado que subsidia” e a referência a que os desempregados não querem trabalhar.(cartilha da Matos).
Pacheco Pereira pertence a uma geração e a uma família política que está no poder, em Portugal e na Europa, há trinta anos. Conhece todos os corredores do mando, de Lisboa a Strasbourg. Quando fala do Estado que subsidia sabe do que fala. Há-de ter alguma responsabilidade, ele e os seus amigos, camaradas e correligionários na incapacidade de contrariar, com o modelo económico agonizante que continua a defender, os devastadores efeitos sociais a que assistimos.
Que queira mais Sarkozy eis o que é preocupante. Diz que “estamos velhos e que temos medo”. Mas não acreditem. Nem ele está velho, nem tem medo, nem nós somos o nós de Pacheco. Ele não tem medo. Quer que tenhamos medo para substituir a análise sociológica pelo apelo irracional à lei e à ordem, a forma mais clássica de ocultar a injustiça económica. Quer que tenhamos medo para aprovar mais leis que excluam, para que ardam mais carros, para que haja mais gente no partido do medo, para os negócios continuarem a prosperar.
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