04 janeiro 2006

Elisa




Houve um tempo em que acendias a luz. Só para ver se eu ainda estava lá.

Não tens como fugir do fogo. Estás preso na noite. Como eu. Mas eu sou uma mulher. Não há artifício maior.

Tenho medo. que já estejas acordado. e seja tudo. verdade. até o mar. até a cor do mar.

Somos sempre nós, sozinhos, assustados, pobres, evidentes!

Eu sou uma mulher. Não há artifício maior.

(Finge. Finge que és verde. Finge. Que és pedra.)

A minha vida vai começar. Dentro de momentos. Estou na estação . Quem me amar virá de comboio.

Não há nada mais triste que um carrossel à chuva. Não conseguir fingir. Que canto. Ou que enlouqueço.


Elisa (Bebedeiras de Jazz)

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