23 janeiro 2006

Mail do PC

O PC escreveu-me. Andou a tapar a chaminé, com medo que lhe voltasse a entrar o Pai Natal. Não é todos os dias que há uma segunda-feira assim. Li algures que era o dia mais deprimente do ano, pela ausência de expectativas. Eu não confirmo. Não me custa nada esperar cinco anos, até o Cavaco ser reeleito. Depois mais cinco, do segundo e desastroso mandato. Hei-de esperar os dez anos seguintes, até Durão Barroso cumprir o fado que o Lopes não lhe leu nas estrelas, mas estava lá, chapado. Vinte anos não custam nada a passar. Vinte anos esperei eu por Bissula. Sem saber ao certo que ela vinha. Nem sabia bem se existia. Depois Bissula não era livre, e tive que a comprar, e levá-la para onde não se notassem as marcas nos tornozelos. Um dia com Bissula faz esquecer o tempo que ela demorou a chegar. Os meus versos parecem bons, quando ela os ouve, de manhã.

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