O poder da mente
foto: andré bonirre
Estava a pensar nela, às vinte e duas e quinze, quando recebi um sms que dizia: “- Estás a tentar ligar-me? Não tenho bateria no móvel. Tenta o fixo.”
Não estava a tentar ligar-lhe. Nunca lhe ligo. Estava a tentar ler, com um livro numa mão e um lápis na outra, e talvez a pensar nela. Não sei se percebem a diferença. Não estava a pensar nela e a ler. Nem a ler para não pensar nela. Estava a ler, um romance de Claudio Magris sobre o Danúbio. E a pensar nela em Donaueschingen, em Ulm, em Passau, em Regensburg. Não tinha o telemóvel perto. Tenho sempre, obsessivamente, o bloqueio do teclado activado. “-Estás a tentar ligar?”-ela, a perguntar.
Não sei responder. Talvez estivesse. Fico sempre sem perceber se liguei ou não. Se se trata de actos falhado com sucesso, se do poder da mente. Se a minha mente deixou de ser privada, para poder ser lida, mesmo nas dobras, claramente e à distancia, nos visores dos telemóveis sem bateria.
Estava a pensar nela, às vinte e duas e quinze, quando recebi um sms que dizia: “- Estás a tentar ligar-me? Não tenho bateria no móvel. Tenta o fixo.”
Não estava a tentar ligar-lhe. Nunca lhe ligo. Estava a tentar ler, com um livro numa mão e um lápis na outra, e talvez a pensar nela. Não sei se percebem a diferença. Não estava a pensar nela e a ler. Nem a ler para não pensar nela. Estava a ler, um romance de Claudio Magris sobre o Danúbio. E a pensar nela em Donaueschingen, em Ulm, em Passau, em Regensburg. Não tinha o telemóvel perto. Tenho sempre, obsessivamente, o bloqueio do teclado activado. “-Estás a tentar ligar?”-ela, a perguntar.
Não sei responder. Talvez estivesse. Fico sempre sem perceber se liguei ou não. Se se trata de actos falhado com sucesso, se do poder da mente. Se a minha mente deixou de ser privada, para poder ser lida, mesmo nas dobras, claramente e à distancia, nos visores dos telemóveis sem bateria.
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