Um bilhete de Sócrates
Cavaco vetou a chamada “lei da paridade”. As reacções foram as esperadas. Os argumentos a favor da medida vetada não foram inovadores. Não era agora, com a comida fria, que ia perceber o que não fui capaz. Claro que a retórica presidencial é irritante e foi inspiradora para alguns e algumas. Eu sou mais sensível ao comunicado do primeiro-ministro, um bilhete que Sócrates escreveu a Cavaco. Sócrates mostrou-se pronto a abandonar “causas” destas para não quebrar o suave entendimento com Belém. Para ele a lei era um instrumento. O importante é que coincidem no “aumento da participação das mulheres” na “ igualdade do exercício dos direitos políticos” e noutras vacuidades. A diferença entre eles era “instrumental”.- Venham lá outros instrumentos substitutivos- diz Sócrates a Cavaco, que isto é poeira para entreter, enquanto fazemos as grandes reformas, aquelas que o PSD não podia fazer sem grande repúdio.
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