02 julho 2006

Freitas

Quando o PSD queria construir uma sociedade sem classes, os socialistas se dividiam em socialistas e verdadeiros socialistas, os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço, Marcelo se reclamava de Kautsky e Sócrates se ia inscrever ao PSD levando debaixo do braço um livro de Bernstein que nunca existiu, quando a côrte de João VI rumava de novo para o Brasil, ele fundou um partido do centro- direita.
Perdeu com Soares-é-fixe por um estádio. Mas ele é que usava um loaden verde das temporadas de ópera em Viena e quase todos os Diogos nasceram depois disso.
É um homem antigo. Formado em leis. Viu a lei do Império na Assembleia Geral da ONU e não gostou. Perdeu os amigos e os que ganhou não eram melhores. Prestou-se a peça decorativa de campanhas que não eram as suas. Mas levava a sua bandeira. Cada vez mais pessoal, menos programática, menos adequada à realpolitik. Quis salvar a coluna. Boa sorte para a vida que agora lhe começa, Professor Diogo Freitas do Amaral. Talvez ainda se ria de algumas caricaturas satânicas.

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