Livrarias de Coimbra
Quase nunca percebemos como as coisas mudam e nós com elas. Há menos de três meses Pacheco Pereira escreveu sobre as livrarias da Baixa de Coimbra, um texto certeiro e impiedoso que deixou indignadas as boas almas da cidade. E agora temos a FNAC do Fórum que é afinal, apesar da desilusão do Bruno, uma FNAC igual às outras, e a Bertrand do Dolce Vita, com aquele ar festivo de grande quiosque de aeroporto. A Quarteto bateu no fundo, emagreceu mas tenta levantar-se. Embora a minha livreira tenha desaparecido tem alguma dignidade trágica a forma como se reorganiza. Na Praça, a Finisterra vestiu um fato apropriado ao desprezo que estudantes e professores agramaticos sempre lhe devotaram. E no Estádio surgiu uma Almedina pop, com espaço de leitura e cafetaria, sem a agressividade facial dos Dan Brown e dos locutores à escrita.
Pacheco, podes voltar. No Parque titilam as mesmas pulseiras, agora patrióticas, a baixa prossegue a sua agonia, mas somos quase uma cidade como as outras.
Pacheco, podes voltar. No Parque titilam as mesmas pulseiras, agora patrióticas, a baixa prossegue a sua agonia, mas somos quase uma cidade como as outras.
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