22 agosto 2006

O Verão em Tenerife


Ao mesmo tempo do drama do Médio Oriente desenrolam-se, mais longínquos, outros dramas menores para a opinião pública ocidental. O genocídio do Darfur e o escândalo de exércitos privados, armados por governos nacionais e por companhias internacionais, cuja razão última é o controlo de matérias-primas.
Um dos maiores dramas é o êxodo silencioso das populações sub saharianas para Espanha e, em menor escala, outros países do Mediterrâneo europeu. Barcaças fretadas por aventureiros sem escrúpulos, carregadas com os netos dos escravos, dão à costa das praias de vilegiatura das Canárias, como baleias feridas. O Estado espanhol enterra os mortos, reanima os desidratados em campos de detenção e repatria-os. No editorial de hoje do Público, Nuno Pacheco (sem link) escreve o que parece óbvio: é necessário um programa urgente da União Europeia para tornar viáveis os seus lugares de partida. O problema é que os governos corruptos de África se apropriam da ajuda internacional e mandam no mundo os traficantes de armas, diamantes, petróleo, droga, mulheres, lixo nuclear.

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